O grande equívoco da “inovação”
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O grande equívoco da “inovação” Lindberg Revoredo* A “inovação” e seu conceito equivocado têm sido propagados como a panacéia para o sucesso das empresas, como único remédio para a sua sobrevivência nestes tempos de competição desenfreada. O que todos estão pensando pelo que se ouve e se lê é que a empresa que mais “inventar” coisas novas, produtos novos, estará à frente da concorrência. Uns sugerem inovações “radicais”, se referindo à necessidade de inventos de produtos radicalmente diferentes, para vencer a concorrência. A todo o momento todos falam que a única salvação da empresa é inventar produtos “radicalmente novos”. Porém, neste remédio há, no mínimo, um erro de fórmula. O “P” de P&D é sempre o de pesquisa aleatória de “novidades” e “inovações” e não de “P” de pesquisa do valor desejado do consumidor – Outros falam que é preciso incrementar a velocidade e intensidade de produção do departamento de P&D, mas o “P” é sempre o de pesquisa de novas invenções “radicais”, aleatórias, e não o “P” de pesquisa (ou de prospecção usando diversas técnicas) para conhecer a escala de valor desejado do consumidor, que revela a forma perfeita de como se faz o produto mais vendável. Não sabem que é exatamente por isso que os custos em P&D crescem e os lucros diminuem. A “inovação“ com baixa, alta ou nenhuma tecnologia é um segundo movimento. Eles não compreendem que esta P&D com “P” de pesquisa de produtos, de invenção de produtos, acompanhada de seu “D” de desenvolvimento, é um segundo movimento, após saber qual o produto, qual a “inovação” a ser criada e sua receita perfeita de como ele é, revelada por quem precisa dele, por quem vai usá-lo, extraída de sua escala de valor desejado para todos os produtos. A partir daí, sim, as cabeças pensantes dos inventores, do pessoal do departamento de P&D tem um norte seguro para onde direcionar a sua verve criativa, inventiva, tendo certeza absoluta de que caminham para uma solução técnica comercializável. O que