O Genocidio de Ruanda
Antes do Genocídio de Ruanda, os privilégios concedidos à minoria tutsis pelos europeus já haviam provocado massacres em Burundi, em 1972, matando cerca de 200 mil pessoas, e em 1993, levando á morte mais 50 mil pessoas, incluindo o hutu Melchior Ndadaye, então presidente de Ruanda.
Os dois grupos eram separados de acordo com a aparência: a pele mais clara, a estatura maior, os mais magros e de narizes mais finos eram classificados como tutsis e eram minoria. Essas diferenças étnicas e privilégios de alguns grupos específicos são provenientes da colonização, realizada pela Bélgica, e fez com que os tutsi se tornassem mais forte político, econômico e militarmente. A minoria tutsi era considerada superior aos hutus, por estes terem a pele mais escura e a estatura baixa.
Com a chegada da colonização Belga as carteiras de identidade classificavam cada indivíduo como hutu ou tutsi, e isso favorecia essa minoria, que detinha certos privilégios como melhores oportunidades de empregos, além de uma melhor educação. Essa situação fez nascer um sentimento de raiva entre o povo. Uma série de revoltas que matou cerca de 20 mil tutsis causou uma diáspora para Uganda, Tanzânia e Burundi. Os tutsis refugiados em outros países fundaram o RPF(Frente Patriótica Ruandesa), que passou a lançar ataques militares ao governo hutu, dando início a uma guerra civil.
Após 3 anos de ataques o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a resolução 872, denominada MIANUR, que previa a paz através do acordo de Arusha. Esse acordo criado pelos Estados Unidos, França e a Organização da Unidade Africana pretendia cessar