Genocídio na Ruanda
Durante aproximadamente 100 dias, entre 500.000 e 1.000.000 de ruandeses foram mortos, esse massacre ficou conhecido como Genocídio de Ruanda. No dia 6 de abril de 1994, o avião que transportava o presidente da Ruanda, Juvenal Habyarimana, e do Burundi, Cyprien Ntaryamira, ambos Hutus, foi derrubado. Os Hutus culparam a RPF, Frente Patriótica Ruandesa, um grupo de Tutsis rebeldes que fugiu para países vizinhos da Ruanda durante a derrubada da monarquia Tutsi, pelos Hutus, em 1959. A RPF já havia invadido a Ruanda em 1990, até que um acordo de paz foi estabelecido em 1993. Após a derrubada do avião, os Hutus começaram um ataque a todos os Tutsis em Ruanda. Na cidade de Kigali, capital da Ruanda, membros da guarda presidencial organizaram as primeiras perseguições contra os Tutsis e os Hutus que eram da oposição política. Diversas estações de rádio foram utilizadas como meio de comunicação para convocar os Hutus a matarem os ‘’responsáveis’’ pelo atentado a Habyarimana. Tamanho ódio pela parte Hutu, resultou na formação de uma milícia não oficial denominada Interahamwe, que pode ser traduzido como ‘’aqueles que atacam juntos’’ e, em três meses, Ruanda foi tomada pela violência resultando na morte de 800.000 Tutsis. O conflito acabou sendo vencido pelos membros do FPR, que tentaram estabelecer um regime conciliatório. Cerca de 2 milhões de ruandeses refugiaram-se em campos no Congo, lá, alguns problemas entre etnias ainda resultavam em alguns conflitos menores. O atual governo da Ruanda, liderado por Tutsis, promoveu diversas invasões ao Congo em busca dos líderes radicais Hutus.
O genocídio teve um impacto bastante duradouro em Ruanda e em alguns países vizinhos. A enorme quantidade de estupros realizados durante a guerra causou um aumento no número de pessoas infectadas com HIV, incluindo bebês nascidos dos estupros. O despovoamento e a destruição da infraestrutura, prejudicou