o gene da matemática
O talento para lidar com números e a evolução do pensamento matemático
Keith Devlin
É fato sabido que a espécie humana já conhece os números abstratos há cerca de 8.000 anos. A matemática formal, simbólica, com equações, teoremas e provas, tem pouco mais de
2.500 anos. O cálculo infinitesimal foi desenvolvido no século 17; os números negativos passaram a ser usados comumente no século 18, e a álgebra abstrata moderna, onde símbolos como x, y e z denotam entidades arbitrárias, tem apenas 150 anos.
Em particular, a razão mais comumente apresentada para a evolução da linguagem é que ela foi impulsionada pela necessidade de uma comunicação maior - que a comunicação era seu objetivo original, se quisermos.
Até cerca de 500 a .C, a matemática era realmente algo que tratava de números.
A matemática do antigo Egito, Babilônia e
China consistia quase que inteiramente em aritmética. Entre 500 a. C e 300 a .C a matemática se expandiu além do estudo dos números. Os matemáticos da antiga Grécia se preocupavam mais com a geometria.
Foi somente com os gregos que a matemática realmente passou de um conjunto de técnicas para se medir, contar e calcular, para uma disciplina acadêmica, que tinha tanto elementos estéticos quanto religiosos.
Depois dos Gregos, embora a matemática progredisse em diversas partes do mundo notavelmente na Arábia e na China-, sua natureza não mudou até meados do século 17, quando sir
Isaac Newton (na Inglaterra) e Gottfried Wilhelm
Leibniz
(na
Alemanha)
inventaram, independentemente, o cálculo infinitesimal.
Ao final do século 19, a matemática havia se transformado no estudo dos números, forma, movimento, espaço e das ferramentas matemáticas que são usadas nesse estudo.
Foi esse o início da matemática moderna.
O crescimento da atividade matemática no século 20 pode ser mais bem descrito como uma explosão de conhecimento. Em 1900, todo o conhecimento matemático caberia em cerca
de