O futuro da humanidade
Primeiro, o que está em jogo não é a sobrevivência do planeta e sim da própria humanidade. A Terra já passou por períodos de extinções em massa desde o surgimento da vida, onde a extinção mais severa foi há 251 milhões de anos, matando 83% de todos os gêneros de espécies existentes até então. Entretanto, os poucos sobreviventes conseguiram se reerguer, diversificar e repovoarem novamente o planeta, mesmo que com flora e fauna diferentes do cenário anterior. Através de alguns exemplos, podemos ter uma noção da força e capacidade de adaptação a mudanças que a vida pode ter: um exemplo fantástico são algumas formas de vida que desenvolveram habilidades para sobreviver em ambientes onde os níveis de radiação são letais a maioria dos outros seres vivos. Além deste, podem-se citar outros exemplos igualmente surpreendentes, como os camelos, animais que conseguem sobreviver vários dias sem água ou ainda de aves que vivem em águas com elevado nível de acidez.
A natureza pode muito bem viver sem nós, provavelmente até melhor. Nós seres humanos é que somos altamente dependentes dos recursos naturais, embora nos esqueçamos facilmente disso, encerrados no mundo artificial e confortável que criamos. Sempre que se cria algo que nos traz algum conforto, logo nos acostumamos (pelo menos quem pode ter acesso, o que definitivamente não são todos) e algum tempo depois, não sabemos “como” viver sem ele. Mesmo que claramente seja algo supérfluo, mesmo que haja um alto custo energético para construí-lo, mesmo que este ameace a sobrevivência de ecossistemas inteiros... isso não importa, desde que não atinja diretamente a nós, encerrados no mundo artificial em que criamos para