O Fogo E As Cinzas
CINZAS
Manuel da Fonseca
O AUTOR
Manuel Lopes da Fonseca nasceu a 15 de outubro de 1911 em Santiago do
Cacém, foi um escritor considerado por muitos como o melhor escritor do neorrealismo português.
Frequentou a escola de Belas Artes e apesar de não se ter sobressaído
nessa área, deixou alguns registos do seu traço principalmente nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas.
Foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Manuel da Fonseca morreu a 11 de março de 1993.
Por entre as suas obras as mais conhecidas são:
-Planície, poemas- 1941
-O Fogo e as Cinzas, contos- 1951
-Um Anjo no Trapézio, contos- 1958
-Tempo de solidão, contos- 1973
O FOGO E AS CINZAS
É um dos livros de contos mais importantes da literatura
portuguesa moderna. É revelada a tendência regionalista e a profunda preocupação humana do escritor. É retratada a vida pobre dos trabalhadores rurais das planícies alentejanas, realçando a sua luta contra a injustiça. Os contos são sobre um Alentejo dos anos 40 e
50, rústico e em decomposição. Fala-nos de habitantes de uma terra adorada pelo autor mas pobre: um Alentejo de há muitas décadas. As personagens são crianças, velhos, camponeses, habitantes de pequenas vilas ou cidades. O mundo que aparece na obra corresponde a um Alentejo mitificado no imaginário neorrealista como lugar da revolta dos camponeses contra os patrões, mas ultrapassa essa dimensão da luta de classes pela existência de uma população mais vasta, em que sobressai um universo de pequenas vilas decadentes, cujos habitantes se reúnem no café ou no largo principal, verdadeiro "centro do mundo" para onde convergem as histórias ora dramáticas ora excêntricas.
ESTRUTURA
O livro está organizado em contos que foram reunidos por amigos do autor, retirados de revistas e jornais:
•
•
•
•
•
•
•
•
O Largo
A Harpa
O fogo e as cinzas
Noite de Natal
Amor agreste
O retrato
A testemunha
O último senhor de
Albarrã
• Um nosso