O Fim Do Cla Ssico O Fim Do Comec O O Fim Do Fim

571 palavras 3 páginas
FICHAMENTO

Título: O Fim do Clássico, O fim do começo, O fim do fim.
Autor: Peter Eisenmann

A arquitetura desde o seu começo se manteve sob influência de três
“ficções”. A representação, a razão e a história. A representação devia materializar a ideia de significado; a razão devia codificar a ideia de verdade; a história devia resgatar a ideia de eternidade a partir da ideia de mudança. A arquitetura pretendeu-se ser um paradigma do clássico, ou seja, daquilo que é intemporal, significativo e verdadeiro. Na medida em que a arquitetura tenta recuperar o que é clássico, pode ser chamada de “clássica”.
A “ficção” da representação: o modo pelo qual a linguagem produzia significado podia ser representado no interior da linguagem. A linguagem deixou de entrecruzar-se com a representação, porque não era mais um significado, mas uma mensagem que se revelava no objeto. Trabalha-se com a busca dos sentidos. A representação é uma ficção.
Quando não existe mais uma distinção entre representação e realidade, quando realidade é não somente simulação, a representação perde a sua fonte a priori de significação e passa a ser, ela também, uma simulação. A “ficção” da razão: é a simulação do significado da verdade por meio da mensagem da ciência. A ideia de que o valor da arquitetura tinha origem fora dela. Função e tipo, da mesma forma que as causas divinas ou naturais, também tinham origem nos valores. Não há nenhuma imagem arquitetônica da razão. O que a arquitetura apresentava era uma estética da experiência da (persuasividade e do desejo da) razão.
A “ficção” da história: a simulação do intemporal. A arte clássica não se justificava em função do passado ou do futuro, ela era inefável e intemporal. Não importa saber se as origens são naturais, divinas ou funcionais e, dessa forma, não há mais necessidade de produzir uma arquitetura clássica – isto é, eterna apelando aos valores clássicos inerentes à representação, à razão e à história.
O não clássico: a arquitetura como ficção:

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