O FIM DA HISTÓRIA
O presente trabalho trata de um resumo das ideias do filósofo e economista político Francis Fukuyama, expostas em seu livro "O fim da história e o último homem" (1992), no qual ele declara o fim da luta de ideologias e o triunfo da democracia liberal.
Yoshihiro Francis Fukuyama nasceu em 1952, nos Estados Unidos da América. Filho de pai sociólogo e mãe japonesa, tem Ph. D. em Ciência Política em Harward e atualmente é professor de Política Internacional na Universidade John Hopkins, em Washington.
Considerado um dos fundadores do Neoconservadorismo, teve atuação chave no governo Reagan (1981-1989), no Grupo de Planejamento Político do Departamento de Estado, visando apoiar guerrilhas anti-comunistas em países de esquerda. Em setembro de 1989, vislumbrando a derrota dos regimes socialistas e o fim da Guerra Fria, escreveu o artigo "The End of History?" para a revista National Interest, onde, retomando o trabalho de Hegel, afirma que há, uma "direcionalidade" (linearidade) da história, e que o ápice social da humanidade foi alcançado com a universalização da democracia liberal capitalista e o fim dos regimes totalitários/autoritários pelo mundo.
Fukuyama, afirma que, nos últimos dois séculos, houve "um notável consenso sobre a legitimidade da democracia liberal como sistema de governo", subjugando todas as outras formas de governo (monarquia, comunismo etc). Analisando as últimas três décadas do século XX, vê-se o desmoronamento dos "governos fortes" (ditatoriais) tanto de esquerda quanto de direita. Mesmo que alguns desses governos não tenham adotado democracias estáveis, a democracia permanece como única alternativa racional no âmbito internacional, e o capitalismo o único caminho à prosperidade material. A convergência das nações à democracia liberal e de livre mercado implica um "movimento invisível" a um mesmo destino. Essencialmente, o autor afirma que a democracia liberal seria o ponto mais alto das ideologias humanas,