Pós modernismo e o fim da história
Nós vivemos, em escala planetária, em sociedades regidas por um discurso que declara o fim da história, do real, do fundamento, da verdade. Disserte brevemente sobre esse discurso, chamado “pós-moderno”, e avalie sua pertinência a países pobres e em desenvolvimento.
Resposta:
O pensamento humano ocidental tem suas bases – para evitar o termo “origem” – em duas culturas, a grega e a judaica. Foi a partir do encontro dessas duas culturas, que não se deu ao longo do tempo de forma pacífica, muito pelo contrário, foram feitos embates constantes, que se formou o pensamento da(s) sociedade(s) ocidental (is). Enquanto a matriz grega judaica defendia um entre “Criador” e a criação. Ou seja, enquanto para os gregos, há o princípio universal e este é abstrato, para os judeus há um entre concreto, fazedor das coisas, com o poder de interferência (no caso, Deus). Enquanto os gregos precisaram suprimir o tempo – pois ele seria incompatível com o ser, afinal este “sempre é aquilo que é”. Ou seja, o tempo é a eternidade – os judeus falavam no Criador, na sua criação, feita justamente no tempo. O espantoso encontro dessas duas culturas, com o “ser” grego prevalecendo – mas o princípio judeu identificando-se com o conceito de Deus, deu origem à nossa cultura.
Entretanto, os séculos do Renascimento foram responsáveis pela desfeita da equação Deus igual ao Ser, pois Deus não podia ser conhecido. Assim, passa-se a conhecer a Natureza e suas leis – que seriam a impressão de Deus no mundo, uma vez que foi Deus quem o criou -, em última instância, trata-se da objetividade ao ver as coisas ao redor do indivíduo. É neste momento em que o Ser e Deus saem de cena, que o Tempo é posto em questão novamente. É nesse que se produz o conceito de História, o conceito de que conhecer algo é conhecer a sua origem. O Tempo passa a constituir a Verdade de todas as coisas – e assim diversas ciências que hoje nos são conhecidas são criadas, como a psicanálise, bem como as ideias evolução,