O filho indisciplinado da sensação
- vivência em excesso das sensações (“Sentir tudo de todas as maneiras” – afastamento de Caeiro)
- cantor lúcido do mundo moderno
Álvaro de Campos surge quando Fernando Pessoa sente “um impulso para escrever”.
O próprio Pessoa considera que Campos se encontra no «extremo oposto, inteiramente oposto, a Ricardo Reis”, apesar de ser como este um discípulo de Caeiro.
Aceitou de Caeiro não o essencial e objectivo mas a parte deduzível e subjectiva da sua atitude
Caeiro entende a sensação da coisas tal com ela são simples.
Ricardo Reis as cosia devem ser sentidas não so como são mas também de modo a serem ideais
Campos é o “filho indisciplinado da sensação e para ele a sensação é tudo. E o pensamento uma doença
Para campos a sensação é tudo, trata-se São sensação da coisa como são sentidas.
Por isso esforça-se para desenvolver a espécie de sensações das coisas,
Para ele sentir é tudo,ele acha que deveremos sentir tudo de todas as maneira sendo essas sensações boas ou más
O sensacionismo faz da sensação a realidade da vida e a base da arte.
O eu do poeta tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve existência ou possibilidade de existir.
Este heterônimo aprende de Caeiro a urgência de sentir, mas não lhe basta a «sensação das coisas como são»: procura a totalização das sensações e das percepções conforme as sente, ou como ele próprio afirma “sentir tudo de todas as maneiras”.
Distancia-se do objectivismo do mestre e percepciona as sensações distanciando-se do objecto e centrando-se no sujeito, caindo, pois, no subjetivismo que acabará por enveredar pela consciência do absurdo, pela experiência do tédio, da desilusão
Alvaro de Campos procura sentir tudo de todas as maneiras.
É o filho indisciplinado das sensações.
Assim, passou por três fases: fase Decadentista, fase Futurista e fase Abúlica ou intimista.
Tenta desta forma totalizar todas as sensações, sendo que, de facto foi o heterónimo que melhor