O fiel da balanca john with: resumo

John With, em seu texto O fiel da balança: Minas Gerais na Federação brasileira, 1889-1937, publicado pela Paz e Terra em 1980, discute os tempos passados, de maior regionalismo. Regionalismo que desempenhou papel significativo na política mineira. Neste livro, o autor explorou a relação complexa entre disputas zonais e a unidade estadual na política mineira da Primeira República. Para John Wirth, apesar de as grandes diferenças sub-regionais, a política interna mineira apresentou uma grande tendência a unidade no âmbito da Federação, fato gerador da estratégia de buscar no governo federal, por meio da manipulação de recursos políticos, os recursos econômicos de que o estado carecia. Minas Gerais assim foi capaz de se manter como o segundo principal estado brasileira a nível econômico e político durante esse período.
Duas razões foram apresentadas pelo autor para que essa maneira de condução da política mineira tenha dado certo. A primeira era devido a grande capacidade de organização política das elites mineiras, destacando-se o papel do PRM (Partido Republicano Mineiro) e a segunda característica era o compartilhamento de certas condições sociológicas fundamentais – A maior parte da população ainda estava presente no meio agrário, a vida nas pequenas cidades, o particular senso de lugar e família e patriotismo, além de um relativo desenvolvimento econômico que disponibilizava certa parcela de recursos para compor alianças sub-regionais ( conforme foi dito acima, Minas Gerais era a segundo potência econômica nacional). Minas não era, portanto, tão desconjuntada quanto outra unidade política formada a força, e tardiamente.
Ora, não levemos tão a sério essa coisa da “identidade mineira”, da mineiridade, da solidariedade política que atravessa todas as sub-regiões de Minas Gerais. É bem verdade que o maior partido de Minas é o Palácio da Liberdade e que ficaram para trás as propostas de divisão elaboradas no final do século XIX (a Província do Triângulo, liderada