O estudo do movimento observado nas artes visuais
O estudo do movimento nas artes visuais exerce um ponto fundamental na observação desse segmento trabalhado em diversas áreas, como a pintura, o desenho, a arquitetura, a moda, entre outros parâmetros, onde o nosso objeto dirigido foi analisado nas seguintes obras que citaremos logo a seguir.
O vestido Baixo-relevo (1931), por Madeleine Vionnet, ressaltou bem através da moda, como o movimento pode ser trabalhado, utilizando a beleza escultural do corpo feminino, com destaque nas linhas que formam a leveza, referenciadas a dança e as ninfas do período greco-romano, proporcionando uma ruptura cultural, que surgiu na época entre as duas guerras mundiais, onde sugeria uma ideologia de liberdade e independência. Outro exemplo encontra-se no desenho Satisfação, (1905-07) por Gustav Klimt, na qual a organização espacial, expressas por formas geométricas e cores quentes, que são bastante contrastadas nas indumentárias, aonde chega a confundir o espectador com o casal, na qual supostamente transfiguram estarem abraçados; o fundo em arcos afluentes transporta para um momento de intimidade apenas gerada através do sentimento do casal.
Henri de Toulouse-Lautrec referenciou esse signo visual, através do cartaz publicitário Moulin Rouge (1891), onde ele tentou transferir as apresentações que aconteciam naquela casa de show francesa, por intermédio da dança da bailarina La Goulue e o seu companheiro Valentin. A distorção nas formas e cores, do que tradicionalmente fugiria da estética anatômica do ser humano, deu malemolência aos personagens do ambiente, expressando alegria e luxuria.
A sequência de fragmentos extraídos da cronofotografia de Étienne-Jules Marey, com o Estudo de Corrida, em 1886, já mostrava a necessidade que o homem tinha de transpor a sua imagem em movimento para o campo da visualidade artística, talvez pensada antes como apenas um experimento científico, que resultou na mostra do café