O estudo do homem

Logo no inicio do texto “A introdução ao pensamento filosófico” vemos o seguinte trecho pelo qual começamos nossa reflexão: “... sendo seres vivos, compostos de matéria, pertencemos à natureza, como espécie animal que somos. Sendo seres racionais, atuantes e criadores, pertencemos à História, que criamos ao mesmo tempo em que a ela nos vemos expostos [...] Nada há que se compare à natureza do homem. O homem que somos parece a própria evidência e é, entretanto, a mais enigmática dentre as coisas.”
A essência do homem é a mutação, tendo em vista esse ponto de partida entramos em um grande conflito ao querer afirmar o que é o homem. O mesmo que sem outros companheiros não se torna homem em si, mas um animal. Que não transmite seu pensamento pela fala, torna-se um ser da natureza muda. Na pág. 47 Karl Jaspers mantém essa ideia de que o homem não pode ser imutável, o cotidiano, as situações globais o levam a uma mudança mental e física: “... O homem não pode ser concebido com um ser imutável, encarnando reiteradamente aquelas formas de ser. Longe disso, a essência do homem é mutação: o homem não pode permanecer como é...”
O homem é ser racional, político, consciente, e principalmente um ser, metamorfósico que se encontra em profunda mudança constantemente e por isso não é possível uma resposta definitiva sobre esse indivíduo que se encontra em evolução constante de acordo com a sociedade em que vive.
Nós, homens seres históricos somos profundamente ligados a várias situações dentro de uma sociedade; ligados a política, a nação, a nossa geração e fazer tudo isso ser possível é o que nos torna um individuo histórico.
Somos seres livres e por isso responsáveis pela trilha que tomamos; só nos momentos em que exerço minha liberdade é que sou plenamente eu mesmo: ser livre significa ser eu mesmo, o homem histórico, aquele que é mutável, que transmite seus pensamento para seus companheiros e que vive em meio a uma sociedade que o influencia nas suas decisões e