O estagio de inovação no brasil
A inovação é uma prática usual nas empresas brasileiras? Qual é nossa situação no que diz respeito ao investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D)?
Infelizmente, a inovação ainda não é uma prática usual nas empresas brasileiras. Existem, é claro, vários casos de sucesso, porém nada que caracterize um movimento sistemático e sistêmico de busca de novas alternativas de agregação de valor por parte das empresas.
Isso é confirmado pelos indicadores mais tradicionais para mensuração desse aspecto da vida corporativa, como o investimento nacional em P&D, que é inferior à média mundial, de 1% do PIB.
Isso não significa que não há investimento. Muito desse investimento, entretanto, é direcionado para a simples aquisição de tecnologia, e não para seu desenvolvimento autônomo.
Na soma do investimento em P&D e dos investimentos em geral até gastamos valores consideráveis –algo em torno de 3% do PIB–, mas sem o impacto dinâmico de criação de riqueza que se vê em outros países, notadamente na China e na Índia.
Há por trás disso uma prática gerencial pouco atrelada à inovação, o que pode ser explicado, em parte, por conta de nossa história recente, marcada pela instabilidade econômica, pela economia fechada e por uma cultura que sempre privilegiou a visão de “curto prazo”.
Mas tal situação também pode ser explicada pelo tamanho reduzido de nossa economia e pelo perfil de nossos setores mais dinâmicos. É interessante observar, por exemplo, que as empresas de capital nacional investem menos que as empresas multinacionais aqui sediadas. Estas, além da cultura da matriz, sabem que a única alternativa para o sucesso competitivo é a criação de mais valor.
Que tipo de inovação é mais comum no Brasil?
Na média, o que se observa são inovações incrementais. São melhorias de processo, de produto ou até mesmo de gestão que geram os ganhos inerentes ao processo de resolução de problemas. Em todo os casos, entretanto, a