O Estado e a Inovação como Perspectiva de Superação do Subdesenvolvimento
Andréia de Freitas Araújo Resende
Resumo
O artigo mostra a visão de alguns autores (Hirschiman, Quijano, Albuquerque, Furtado e outros) a respeito das dificuldades encontradas por algumas economias na tentativa de superação do subdesenvolvimento, e algumas alternativas para se alcançar o progresso técnico inovativo com amparo do Estado. Nota-se que o problema do subdesenvolvimento e sua superação não são apenas uma questão econômica, mas que envolve os campos políticos, sociais e culturais. As instituições do Estado, da sociedade e dos atores econômicos (empresários, dirigentes políticos, pesquisadores, cientistas) devem estar vinculadas em um sentido amplo à inovação.
1- Introdução
A superação do subdesenvolvimento, suas causas e as estratégias para desenvolver-se é tema de estudos de vários teóricos desde o século XVII, até os dias atuais. Embora suas opiniões possam ser diferentes, o objetivo final é comum: quebrar as barreiras do subdesenvolvimento.
Todos buscam responder questões como porque alguns países conseguiram se desenvolver e outros não? Porque os países pobres não conseguem copiar as técnicas de produção, de consumo e de comportamento e obterem o mesmo resultado dos países que avançaram? E por fim, que medidas devem ser tomadas e através de quem para garantir o desenvolvimento?
Os países em desenvolvimento apresentam certas limitações que os impedem de atravessar os obstáculos do subdesenvolvimento, frente a um processo de coordenação combinada pelos países desenvolvidos, que os tornam vulneráveis em suas tomadas de decisões. A questão do subdesenvolvimento requer uma discussão além das teorias do desenvolvimento, é preciso criar estratégias que envolva não apenas variáveis econômicas, mas também, históricas, como as condições de implantação das instituições envolvidas no processo de desenvolvimento.
Arrigh (1965) acredita que o desenvolvimento das economias em