O Estado Romano e a religião Cristã
Relações estabelecidas entre o Estado Romano e a religião cristã nos séculos II A IV
1. Nascimento do Cristianismo
Com o nascimento de Jesus Cristo, nasce uma mensagem nova mesmo para os Judeus. Esta boa nova rompe vários tipos de Judaísmo e vai saindo rapidamente da Palestina e ganhando adeptos. É uma mensagem diferente mas extraordinária, porque põe em prática atitudes de igualdade entre os homens, independentemente de serem servos ou senhores. As vias de comunicação no Império Romano ajudam bastante à difusão do Novo Testamento. Os discípulos são destacados para cidades importantes e também aumentam os inimigos da nova religião.
2. O Império persegue a nova religião Ao longo do século II E III d.C., o cristianismo é perseguido intensamente por várias razões:
São considerados desestabilizadores da sociedade Romana, pois não respeitam os deuses tradicionais;
Não gostam de espetáculos de Gladiadores;
Promovem atitudes de igualdade perante os homens
O Império é demasiado organizado e este grupo cada vez mais numeroso, o que põe em causa esta ordem. Os Imperadores receiam estes perturbadores da paz social e tomaram medidas drásticas para aniquilar estes cristãos. Em 64 d.C Nero diz: “… infligiu cruéis torturas aos que eram detestados das suas abominações e que a multidão chamava cristãos” Tácito, Historiador Romano
Paralelamente a estas atitudes rudes dos Imperadores Romanos surgiram sentimentos que revelam alguma sensibilidade para com a nova religião. Concretamente, na carta de Plíno ao Imperador Trajano em 112 d.C.: “Pergunto-me, se devo agir de forma diferente segundo as idades ou se a criança deve ter o mesmo tratamento do adulto, se devo perdoar a quem se arrepende ou se aquele que se diz cristão nada ganha em se retratar, se deve punir-se o simples facto de serem cristãos, mesmo na ausência de crimes…”
Apesar da sistemática política de perseguição