O Espaço Dividido nas Cidades do Século XXI
O desenvolvimento das relações entre a técnica e a sociedade e entre a técnica e o território criam as possibilidades para o funcionamento do mundo. É perceptível a ligação do mundo com a formação sócio espacial, onde a preocupação para o desenvolvimento técnico se enraíza cada vez mais na sociedade. Para Milton Santos, a urbanização veio acompanhada do processo de metropolização, onde desta forma a metrópole surge como um sistema interdependente. Como resultado da modernização contemporânea, a globalização acontece de forma bastante necessária, no entanto não se realiza de modo igual, já que apenas uma parcela da sociedade é privilegiada. A metropolização ainda assume contradições a partir do momento em que gera certa privação da modernidade para uma parte da população. Toda a modernização da urbanização e metropolização não são capazes de conter a expansão da pobreza, porque mesmo existindo um crescimento, o rendimento ainda é baixo, atrelado a isto, o número de empregos mal remunerados ainda é grande. A isto, Milton Santos chama de involução metropolitana. Nos países do terceiro mundo existe uma exigência para a utilização de equipamentos que possam atender a modernização. No entanto a forma de conseguir esses investimentos é através de infraestruturas econômicas, mas como nesses países poucas empresas conseguem utilizar essas exigências, a modernização torna-se seletiva. Quando a cidade torna-se deseconomica faz-se necessário criar uma forma de economia urbana, com o intuito de reverter à situação. Porém, a urbanização corporativa pode não ter o resultado esperado, por isso que a economia pobre instala-se dentro das cidades. O texto ressalta que “a divisão internacional do trabalho promove, na atualidade, uma verdadeira mundialização dos lugares complexos” (LEITE, 2011. p.81). Desta forma, os