O erótico e o pornográfico na literatura
O erótico e o pornográfico referem-se ao mesmo tema, no entanto, podem possuir nuances distintas.
Para muitos o erotismo é encarado como a procura do prazer pelo belo, decentralizado dos órgãos genitais, sendo de ordem subjetiva e pode, assim, ser representado nas dimensões criativas como algo tendendo ao sublime, espiritualizado, delicado, sentimental e sugestivo, aliado ao mistério e a imaginação.
Assim sendo, o principal objetivo do erotismo é dar corpo aos aspectos da sexualidade, deixando a excitação para a pornografia. O erótico é basicamente sensual e não sexual, ao contrário do pornográfico. Ele, o erótico, pode até se referir ao ato sexual, mas sempre de uma forma indireta, ou seja, não é sua intenção única ou primeira.
A pornografia é, inicialmente, a representação explícita de uma matéria sexual com o intuito de gerar algum tipo de gratificação, que hoje encontra diversos meios para se propagar como a literatura, os jogos eletrônicos, revistas especializadas, filmes, etc.
A pornografia é uma das formas mais antigas de representação do corpo humano nu e do ato sexual. Suas realizações sobreviveram o passar do tempo e se transformaram de acordo com a época e o contexto social em que se encontravam no momento.
No século XIX, Gustave Courbet provocou a crítica e os consumidores de arte na França com uma de suas pinturas mais simbólicas da estética realista, o quadro A Origem do Mundo, que trata-se do retrato o corpo despido de uma mulher, dando especial foco em seu abdômen e órgão genital. Esse mesmo quadro, ainda hoje, causa controvérsia na medida em que, após a reprodução de sua imagem em um site de relacionamentos na Dinamarca provocou, por parte da administração do site, a exclusão da conta do usuário que veiculou a referida imagem.
Para a sociedade contemporânea, a pornografia é moralmente aceita e consumida apenas dentro de "quatro paredes". Quando esse tipo de