Dons do Espírito Santo
No livro de 1 Coríntios, no capitulo 12, encontramos a origem e natureza dos dons espirituais e o problema das manifestações espirituais. Os crentes desta igreja, imaginavam que o que os distinguia acima de tudo, como uma comunidade espiritual de elevada qualidade, era a sua abundante possessão e uso dos dons espirituais. No entanto, é valendo-se justamente disso que Paulo mostra a carnalidade deles, visto que abusavam de seus poderes. Os crentes de Corinto de acordo com suas pretensões e seu espírito altivo, usavam tais dons ou imitavam-nos em determinada ocasiões, a fim de se exaltarem pessoalmente e não a fim de glorificarem a Cristo. Por esse motivo é que todos precisavam estar preparados para fazer qualquer coisa, assim supostamente demonstrando suas grandes habilidades espirituais. E então vemos que a confusão reinava. Não esperavam uns pelos outros e nem respeitavam os próprios irmãos. Todos falavam ao mesmo tempo e faziam esforço para ocupar o centro do palco, onde se focalizava a atenção de todos, o que não era um meio de exaltar a Cristo mas a si mesmos (ver 1Cor. 14:29-31)
Diante do exposto o presente trabalho, visa através do apóstolo Paulo, esclarecer sobre os dons espirituais, sobretudo, o dom de discernimento, o dom de variedades de línguas e o dom de interpretação de línguas.
2- ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO DO DONS ESPIRITUAIS
O vocábulo grego charismata (graças espirituais) é usado por Paulo, para referir-se á redenção ou salvação como dom gracioso de Deus (Rm. 5.15 e Rm. 6.23), mas também como um dom que capacita o crente a cumprir certos ministérios particulares na igreja (1co 12.28 e segs). Os dons espirituais sempre subtenderam serviço prestado na igreja, a edificação da igreja. Os dons não eram dados meramente a fim de autenticar a natureza espiritual da igreja, embora exercessem essa função secundária. Mas um dom não é dom enquanto a igreja não for ajudada, por seu intermédio, a crescer em