O Ensino por Competências e a Realidade da Educação Pública no Brasil
E A REALIDADE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
Luciano Moreira Rodrigues
Graduado no Curso de Letras pela Unisant’anna
Atualmente, no horário político obrigatório são televisionados programas de diversos partidos políticos que, como numa campanha de convencimento e motivação, exibem as diversas conquistas do Governo Federal e suas novas metas para o crescimento do país. Entre tais conquistas, está enumerada a qualidade da Educação Brasileira, e entre as metas aparece a alfabetização de toda criança matriculada na escola, antes que completem oito anos de idade, até o ano de 2020. Aos olhos desinformados e aos ouvidos menos críticos tudo isso pode enaltecer o “trabalho duro” do governo e confirmar a ideia de que o Brasil está realmente emergindo e se desenvolvendo. A quem tenha um pouco mais de ciência da realidade da educação brasileira, esses programas não passam de mais um capítulo da terrível história social de nosso país, transmitida em horário nobre. Segundo a Dissertação de Mestrado do Professor Mestre Marcus Tadeu Meneguelo – aprovada pela UMESP em 2011 e publicada em 2013 pela editora Clube de Autores – a educação brasileira continua contribuindo com a divisão e exclusão sociais, sobretudo pelo trabalho realizado por competências leitora e escritora na rede pública do Estado de São Paulo. Baseando-se na história da educação no Brasil e no estudo de diversos especialistas no assunto, MENEGUELO conclui e afirma que as políticas de educação brasileira – aqui representadas pela Escola no Estado de São Paulo – continuam a serviço da burguesia e da desigualdade social. Em primeiro lugar, “o levantamento histórico permite verificar que o analfabetismo no Brasil é um problema de longos anos e que ainda não foi superado, apesar de todos os esforços da sociedade” (MENEGUELO, 2013, p.183). E esse analfabetismo não está mais atrelado somente à zona rural, como antigamente, mas faz parte dos problemas urbanos atuais,