O ensino mútuo ou monitoral
Com a necessidade de ampliar a alfabetização na sociedade em pleno crescimento industrial surgiram diversas propostas.
Foi criado um sistema de ensino mútuo ou monitoral que consistia em reunir um grande número de alunos em um galpão e agrupá-los de acordo com o seu adiantamento em leitura, ortografia e aritmética. Antes das aulas o professor ensinava os alunos mais adiantados, que seriam os monitores e deviam se incumbir dos diversos grupos de acordo com o seu nível de conhecimento. A medida que cumpriam uma etapa, eram transferidos para um grupo mais elevado.
Para que o sistema funcionasse, havia rígida disciplina. A entrada dos alunos era em fila organizada, após o toque do sino, um apito chamava a atenção dos indisciplinados. Falava-se baixo, havia cartazes e quadros bem como cartões de sinalização, para indicar a sequência de trabalhos que todos da mesma classe deveriam cumprir ao mesmo tempo. O único professor do alto de um estrado supervisionava o andamento das aulas e interferia quando necessário.
Esse processo barateava os custos e conseguia impor disciplina, mas os resultados não eram dos melhores, como se pode imaginar, já que os monitores eram escolhidos entre os alunos.
Em todo caso a ideia entusiasmou muita gente por algum tempo, também fora da Inglaterra, como na França, nos Estados Unidos e inclusive no Brasil, onde várias leis de diversos estados estimularam a adoção do método durante o período monárquico.
Estados Unidos da América
A instalação da escola pública norte-americana, bem no inicio do século XIX, atingiu inclusive o ensino universitário, com a fundação da primeira universidade estatal de Virgínia em 1819. Desde 1820 inúmeras instituições politécnicas destinadas ao ensino profissional orientado para a indústria, a agricultura e o comércio ajudaram o crescimento econômico do país. Na década seguinte, a atenção concentrou-se no ensino primário, e por volta de 1850 no