o ensino de historia e a criação de um fato
“[...]Conteúdos históricos estão presentes em aulas de literatura, música, geografia, artes, considerando-se que a história tem permanecido como disciplina escolar exatamente por ser a legitimadora da tradição nacional, da cultura, das crenças, da arte, do território”(p.43). “As atividades programadas para a escola oficial compunham-se de comemorações relacionadas às datas nacionais, de rituais para hasteamento da bandeira nacional e hinos pátrios, além de uma série de outras festividades que foram englobadas sob o título de cívicas, compondo com as demais disciplinas o cotidiano escolar[...](p.44). “Para Neagle, os desfile estudantis, apresentações de ginastas e demais comemorações eram mais um apêndice, ou uma atribuição suplementar feita pela escola[...]”(p.45). “A escola, sob ótica do nacionalismo vigente, era a instituição fundamental criada pela nação para formar o cidadão, possuindo, portanto, tarefas específicas que permeavam o conjunto das disciplinas com seus conteúdos e métodos[...]”(p.45) . “[...]A escola formava os futuros eleitores, mas a medida que a concepção de cidadania não se restringia apenas ao direito político, estendendo-se o status de cidadão aos trabalhadores e possibilitando o acesso destes, em princípio, aos direitos sociais, a educação escolar deveria ainda completar a formação do cidadão brasileiro[...]”(p.45). “A tarefa da escola pública tornava-se mais complexa ao ver obrigada a introduzir, para alunos provenientes de diferentes setores sociais, formas de socialização comuns a todos e contraditoriamente inculcar um conteúdo alicerçado nos feitos das elites, únicos agentes dignos de figurar no rol dos construtores da nação[...]”(p.47). “As memórias segundo Veríssimo, para transformarem-se em nacionais, teriam de compor u conjunto homogêneo de rituais vinculados pelo culto à pátria. A questão que se colocava para a escola situava-se na dificuldade em transmitir