Este manifesto veio com a ideia de traçar diretrizes de uma nova política nacional de educação e ensino em todos os níveis, aspectos e modalidades. O manifesto representa uma síntese e uma tentativa de avanço sobre propostas novas de educação. A reocupação primordial girava em torno da concepção de vida e do ideal que se desejava alcançar, considerando, também, a clientela de educandos. Então, este manifesto defendia o rompimento com a velha estrutura do serviço educacional, desprendendo-se dos interesses de classes, deixando de constituir privilégio determinado pela condição econômica e social do sujeito para se organizar para a coletividade. Essa educação nova tem sua finalidade alargada para além dos limites das classes, partindo-se para feição mais humana, uma função social, no intuito de formar a “hierarquia democrática” pela “hierarquia das capacidades” com oportunidades iguais de educação, com objetivo de organizar, desenvolver meios de ações com o fim de dirigir o desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma de suas etapas de crescimento. Destacamos os seguintes aspectos: O primeiro deles diz respeito à própria caracterização da educação brasileira. Os pioneiros eram a favor de uma educação pública, gratuita, mista, laica e obrigatória, ou seja, o Estado deveria se responsabilizar pelo dever de educar o povo, responsabilidade esta que era, a princípio, atribuída à família. Assim, o Estado deveria proporcionar uma escola de qualidade e gratuita, possibilitando a concretização do direito biológico dos indivíduos à educação e, tendo em vista os interesses dos indivíduos em formação e a necessidade de progresso, consideram que esta educação deva ter caráter obrigatório. Esta forma de estrutura seria contrária ao costume de muitas escolas da época, os pioneiros pronunciaram-se favoráveis à escola mista e, questionando os princípios da educação católica;defendem uma educação laica, o que distanciaria a educação de questões