O ensino de Arte no Brasil
No momento do descobrimento do Brasil pelos portugueses, a Europa vivia o Renascimento e logo a seguir contemplava o surgimento da nova Arte, o Maneirismo. O Brasil, bem como toda a América Latina, era rico em cultura e diversidade, porém o colonizador negou quase todas essas manifestações, impingindo a sua forma de entender o mundo. A Colônia estabeleceu-se como uma sociedade rural com latifúndios, engenhos, e fazendas de gado onde a Arte era entendida apenas como adorno.
Apesar do preconceito com o trabalho, com a manualidade, "a casa é palco permanente de atividades condicionadas à cultura de seus usuários” (ALGRANTI, 1997, p. 90) e está ligada a uma estética própria, onde as mulheres bordavam, faziam cerâmica, cestaria, tecelagem, tingimento, rendas, abrolhos e os homens lidavam com o couro, a fundição de facas, ferraduras, armas, a marcenaria e a carpintaria, pois tudo estava por ser feito.
Logo no início da colonização o Ensino ficou a cargo dos jesuítas que empregaram o Ratio Studiorium - Método Escolástico que vigorou por 150 anos, com normas e princípios que regiam os estudos e a formação. Aos instruídos, descendentes dos colonizadores, eram oferecidos o canto orfeônico e a música instrumental. Segundo Ribeiro (1981) o teatro foi empregado não só para a catequização dos indígenas, mas também como força para influir junto ao senhor de engenho. A educação feminina nesse momento tinha ênfase nas boas maneiras e prendas domésticas. Em âmbito mundial as avaliações aconteciam em forma de argüições em exames orais, sendo que somente "em 1702, em Cambridge, na Inglaterra, foi utilizado, pela primeira vez, o exame escrito” (SOEIRO; AVELINE, 1982, p. 16).
O estilo barroco, também conhecido como jesuítico ou joanino, trazido pelo europeu, foi absorvido e trouxe mudanças no conteúdo estético nacional e nos níveis de execução de objetos, adornos, obras e arquitetura, principalmente na cantaria.
Na fase pombalina, entre os anos de 1750 a