O ensino da ética e da responsabilidade social nas universidades
Segundo Ulisses Zago: velocidade de raciocínio e análise crítica (ou seja, resolver problemas rápidos, sem papel e caneta e nem sempre aprendida nos bancos escolares): capacidade de interagir e fechar negócios com diferentes culturas (importância de outros idiomas); ser um profissional global (conceito de empresa local desapareceu), permeado por alta dose de motivação e profundo senso ético. Estas são as novas cartas da empregabilidade postas na mesa pelo mercado e cabe aos interessados saber lê-las.
Poucas são as faculdades que ensinam ética e as que têm a matéria em sua grade curricular ensinam a ética clássica e não a ética profissional aplicada, afastando-se do compromisso social de formar profissionais voltados para o mercado, éticos, críticos e engajados.
Como ensinar o senso ético se as relações entre a universidade e o mercado não estão sintonizados e “universidade não reconhece para si um elemento vital que alimente a dinâmica social, compondo e integrando a complexidade das inter-relações indivíduo-sociedade”.
Ensinar os alunos os “valores emancipatórios necessários à comunidade e à sociedade intermediados pelo entendimento, pelo julgamento ético desenvolvidos com autenticidade e autonomia”, desenvolver a sensibilidade social para torná-lo um agente de transformação social. Os alunos ao se formarem, além de se tornarem profissionais, deverão também desenvolver suas atitudes de cidadão, lidando com uma “sociedade real e, em particular com dilemas reais que a vida das organizações lhe impões. Necessita de uma fundamentação ética objetiva”. A formação universitária “deve contemplar essa perspectiva trans e interdisciplinar a fim de que, em sua vida profissional futura, esteja minimamente preparado para enfrentar os dilemas que surgirão”. Não se pode apostar num modelo formativo que compartimente os aspectos éticos da atividade profissional. O