O eleito de deus
Hill,Christopher
RESENHA CRÍTICA Roberto Catarino da Silva
Hill (1988) em sua narrativa dos fatos históricos que contemplam a vida de Oliver Cromwell relata que ele viveu de 1599 a 1658. A título de entendimento o autor diz que durante os primeiros quarenta anos de sua existência ele vivenciou diversas situações, as quais só vieram se assentar nas décadas revolucionárias de 1640-1660. Em sua pesquisa Hill (1988) faz uma descrição dos fatos tentando de forma cronológica, orientar os acontecimentos que marcaram a trajetória de Oliver Cromwell.
Então, como primeiro fato, vale dizer que quando Oliver nasceu, o reinado de Isabel chegava ao fim. Segundo o escritor, as grandes realizações desse reinado situavam-se no passado. O protestantismo fora restabelecido, evitaram-se as guerras de religião, a nobreza fora desarmada, e já não havia mais qualquer perigo de revolta feudal.
Para tanto, o historiador ratifica as décadas decisivas de 1640 a 1660, pois foi neste período do tempo, que se vivenciou a figura preponderante de Cromwell. Então, é próprio fazer eco com os estudiosos deste indivíduo, pois é um consenso literário que qualquer investigação sobre sua pessoa, por conseqüência, não será apenas a biografia de um grande homem, pois os valores de sua existência sempre compartilharam com o paradoxo do julgamento popular.
Segundo Hill (1988) quando Oliver nasceu os dias generosos da Boa Rainha Bess – talvez já pertencessem ao passado. À medida, porém, que ele crescia, vingou com ele a lenda de uma idade de ouro isabelina, durante a qual o Parlamento e a Coroa agiam em harmonia, a Igreja era resolutamente protestante, os bispos se subordinavam ao poder secular e os lobos do mar protestantes voltavam carregados de outro e glória após derrotarem seus adversários.
Hill (1988) apregoa que tal lenda, posta em circulação por cortesãos idosos