O Economista Norte
Os estudos de econometria levaram Milton Friedman a fundar a chamada “escola monetarista” que, em síntese, estabelece uma forte correlação entre a oferta de moeda e o nível de atividade econômica. Ao longo das décadas de 60 e 70 Friedman foi uma das poucas vozes a defender a disciplina monetária (e fiscal) como única saída para o surto de inflação que os governos em quase todos os quadrantes do mundo estavam provocando. Até mesmo os Estados Unidos chegaram a ter quase 20% de inflação anual no final do governo Carter (1980).
Friedman sempre defendeu idéias que, a princípio, causaram grande polêmica, mas com o tempo revelaram-se soluções econômicas sensatas e desejáveis. Hoje ele defende a extinção pura e simples do Federal Reserve (Banco Central americano) e do Fundo Monetário Internacional porque suas equivocadas políticas monetárias têm causado enormes danos à economia americana e à mundial.
A obra mais conhecida de Milton Friedman chama-se Capitalismo e Liberdade e foi originalmente publicada nos Estados Unidos em 1962. Essa obra alcançou grande repercussão, pois seu autor não se limitou a discorrer sobre economia pura. Numa linguagem coloquial, Friedman aborda questões como a da relação entre liberdade econômica e liberdade política, o papel do governo numa sociedade livre, política fiscal, educação, monopólio, distribuição de renda, bem-estar