O dogmatismo interposto no livre-arbítrio
Resumo
Os dogmas são uma espécie de fundamentalismo, senso comum, é a tendência a crer que o mundo é do jeito que aprendemos. O livre-arbítrio, criado por Deus segundo Santo Agostinho, é a capacidade do ser humano escolher – sendo o único ser dotado de razão – o caminho para chegar ao seu Criador. Ao longo do tempo o livre-arbítrio foi sendo resignificado como uma espécie de liberdade desregrada e os dogmas ascenderam como bem para que a humanidade não se perca por falta de valores, no entanto a limitação posta pelo dogmatismo impede o ser humano a exercer plenamente seu livre-arbítrio. Nesta pesquisa o intuito é perceber como o livre-arbítrio e o dogmatismo está situado na sociedade atual e até onde suas interferências prejudicam o subjetivismo do homem, enquanto ser pensante.
Palavras-chave: Livre-arbítrio, dogmatismo, subjetivismo, sociedade.
1. INTRODUÇÃO A discussão sobre o livre-arbítrio é complexa e ampla, para entender os questionamentos sobre tal questão é necessário situar o tempo e a história vivida pela sociedade analisada. No desenvolvimento deste artigo, o intuito é perceber como que a partir de Santo Agostinho, bispo e doutor de Hipona, o livre-arbítrio foi entendido e encarado pelas instituições e organismos que dogmatizam e por vezes sufocam o direito do indivíduo de ser. O livre-arbítrio, sendo uma dádiva divina e dada por Deus no ato da criação do homem, é o direito de escolha que cada homem possui à medida que vai desenvolvendo seu intelecto e guiando-o pela razão, o faz de forma que o conduza de volta à seu Criador, movido sempre pelo auxílio da Graça Divina. O dogma sendo verdade de fé, ou seja, criado para garantir ao homem à segurança e estabilidade naquilo que é indigno de comprovação científica e racional, crer que o mundo é do jeito que aprendemos. A tentativa dessa dissertação é então discutir, numa tentativa válida, ver até onde as questões dogmáticas ajudam