o discurso do método
Fichamento – quarta parte
René Descartes, na quarta parte de sua obra "Discurso do Método", procura argumentos que comprovem a existência de Deus e da alma humana. Essa foi elaborada a partir de um resumo de suas meditações metafísicas, escritas após alguns meses de seu regresso à Holanda. Iniciando sua investigação em busca da verdade concreta e absoluta, o autor procura quebrar os padrões, para isso rejeita incertezas consideradas como verdade, além de duvidar de qualquer concepção proveniente de seus sentidos, abandonando assim seus preceitos. Após a aplicação desse método chegou à conclusão de que a única verdade inquestionável é o "Penso, logo existo", pois a verdade é algo muito claro e distinto na percepção de Descartes. Segundo o filósofo, o pensar e existir estão interligados, já que para pensar é necessário existir, e para existir é necessário pensar, portanto o pensamento é a essência do homem.
Seguindo esse mesmo método, Descartes procura provar a existência de Deus através de três argumentos: o primeiro embasa-se no conceito de perfeição, pois para que algo imperfeito exista, no caso nós os seres humanos, em contrapartida deve haver algo perfeito, que para o autor seria Deus. O segundo parte do primeiro argumento, pois Descartes afirma que o ser humano imperfeito possui uma concepção de perfeição, que só poderia ser originada por um ser perfeito. Já o terceiro o filósofo por meio de metáforas matemáticas, sugere que a existência de Deus seja um “postulado”, algo necessário e praticamente inquestionável.
Descartes reflete sobre as características positivas e negativas do homem, e conclui que as boas características provêm de Deus e as ruins são da própria natureza imperfeita do ser humano. Além disso, o autor considera que todas as ideias, por serem originadas de Deus, possuem um fundo de verdade. Porém, a essência do homem impede que seja uma verdade absoluta.
Conclusão do grupo
A