O dinheiro e os bancos
Os sacerdotes não cobravam para cuidar desses bens, mas podiam emprestar uma parte deles para quem precisasse e, em troca, recebiam algum pagamento. Dessa forma, podia acontecer de algum agricultor que tinha terras muito boas, mas não tinha nenhum grão para plantar nelas, pegasse emprestado e após algum tempo, quando o agricultor colhia sua plantação, voltava ao templo e, além de devolver o que tomara emprestado, entregava ao sacerdote uma quantidade a mais, como pagamento pelo favor recebido.
Mais tarde, surgiu o dinheiro. As pessoas que o utilizavam na compra e na venda de mercadorias precisavam de maneiras e lugares seguros para guardá-lo. Então começaram a aparecer cambistas (pessoas que trocavam um tipo de moeda por outro) e prestamistas (pessoas que emprestavam dinheiro) gregos, romanos e árabes.
Posteriormente, na Idade Média, foi a vez de os ourives (pessoas que trabalhavam o ouro e outros metais preciosos) se encarregarem de trocar, emprestar e cuidar do dinheiro. Eram, em geral, homens de confiança, que guardavam em seus depósitos as riquezas de alguns clientes e as emprestavam a outros, cobrando por esses serviços.
Os ourives entregavam recibos às pessoas, com anotação da quantidade de dinheiro que elas lhes davam para guardar. Aconteceu que muitas daquelas pessoas, em vez de voltarem ao ourives para retirar o dinheiro, começaram a utilizar os recibos para fazer pagamentos. Assim surgiram as primeiras cédulas.
Com esse negócio de guardar, emprestar dinheiro e dar recibos, os ourives se tornaram os primeiros banqueiros, e suas oficinas (ateliês) começaram a ser chamadas de bancos.
Os bancos tornaram