Sistema Monetário
Atualmente a sociedade é formada por uma série de instituições sociais, política, jurídica, religiosa, familiares, de trabalhadores. É obvia a profunda influência que essas estruturas possuem sobre a formação de nossas compreensões e perspectivas. Contudo, dentre as instituições nas quais nascemos, que nos guiam e nos condicionam, a que passa um entendimento de distância das grandes massas e de uma falta de entendimento é o que diz respeito ao sistema monetário.
Tomando proporções quase religiosas, a instituição monetária configura-se como uma das formas mais incontestadas de fé que existe. Pois, assim como nas religiões, não há questionamento, mas seguidores. Como o dinheiro é criado, as políticas que o regulam e como ele realmente afeta a sociedade, são interesses desconhecidos da grande maioria da população e os problemas em foco neste projeto. “De onde vem o dinheiro?” é a questão que todos deveriam perguntar, especialmente em um período de crise econômica.
Cientes disto ou não, o que move todas as instituições estabelecidas, e, portanto, a sociedade como um todo, é o dinheiro. Infelizmente, economia é um assunto visto com confusão e tédio. Sequências de termos financeiros, aliados a cálculos intimidadores, fazem a pessoa rapidamente desistir de entendê-la. A confusão e complexidade associadas à economia e às finanças levam o público a distanciarem-se destes assuntos, os quais permanecem incompreendidos e alienados pela maioria.
"O estudo do dinheiro (…) é aquele em que a complexidade é usada para disfarçar e iludir a verdade, não para revelá-la." (GALBRAITH1, 1975)
A riqueza das sociedades onde rege a produção capitalista aparece como uma imensa acumulação de papéis, bônus, títulos e derivativos. Mais do que uma imensa coleção de papéis:
"tudo aparece aqui invertido, pois nesse mundo de papel o preço real e seus momentos reais nunca aparecem, mas apenas barras, dinheiro metálico, notas, letras de câmbio e papéis de crédito" (MARX2, 1983,