O dever ser feliz
Vivemos a era da felicidade compulsiva e compulsória, onde ser feliz não é escolha e outros estados como dor e sofrimento são enormemente julgados. Estar triste ou sentir dor por exemplo, definiria que você é um mal gestor de si. Queremos acreditar e fazemos de tudo para conquistar a promessa de felicidade, e agimos muitas vezes como se ela viesse em um manual e se seguirmos as “regras” conseguiremos alcança-la. Nunca perdemos a esperança, se publicarem um novo artigo com os 10 passos para a felicidade, ou para o sucesso ou qualquer outra coisa que o ser humano almeja ele procurará nela a resposta para o seu problema.
Mas do que adiantaria estar feliz sem ninguém saber? Para isso então, não devemos apenas conquista-la, é preciso divulga-la, é preciso fazer com que todos vejam que você conseguiu, que chegou lá. Essa busca insaciável tornou-se uma batalha, onde cada indivíduo tem que ser mais feliz do que o outro. E quem conseguir, estará por cima. A demonstração é algo essencial, por isso a expandimos para todas as áreas existentes.
Você pode não estar se sentindo feliz, mas o que importa é não demonstrar. Não existe a circunstância de estar feliz, porque você simplesmente já é, ou tem que fingir ser. As pessoas querem consumir “vidas verdadeiras” ou pelo menos que aparentam ser. O imperativo de felicidade é o ideal de autenticidade e esta por sua vez é performance. Porém não é possível ser 100% feliz e autentico o tempo todo. É preciso