O desenvolvimento de recursos humanos para o futuro
Momentos turbulentos apenas mais um desafio. "Quem tem essa cultura [de inovação] reage mais rápido à crise", acredita Martins, da FNQ. A rede D'Avó de Supermercados e Hipermercados, por exemplo, é uma dessas companhias que apresentou o atual cenário econômico para os funcionários como uma oportunidade de criar. "Quando a crise chegou, eu disse: 'Agradeço a Deus por ela'", lembra Reginaldo Branco, gerente de resultados da rede. "A crise, aliás, tem de ser contínua, pois é necessária para a inovação. É típico do ser humano se acomodar", completa.
A rede começou um processo de mudança há pouco mais de um ano por conta da implementação do Modelo de Excelência da Gestão (MEG), disseminado pela FNQ. A decisão, por si só, já foi inovadora, e tornou a companhia a primeira supermercadista brasileira a adotar a iniciativa e ainda facilitou os eventuais realinhamentos decorrentes da turbulência na economia.
"Em uma empresa que encara a crise dessa forma, não há pânico e, sim, um impulso solucionador de problemas", garante Branco. Segundo ele, a empresa conseguiu implantar um sistema de inovação de maneira muito mais fácil, já que as pessoas ficam ainda mais abertas a colaborar em períodos assim. Tempos que exigiram realizar operações mais enxutas, mas não com menos profissionais. Com o redesenho de processos, a D'Avó está conseguindo tirar pessoas do operacional e aproveitá-las em funções estratégicas. "Não quero braços, quero braços e cérebro. Inovação é resultado de cérebro, não de músculos", completa Branco.
Para inovar é preciso vontade e persistência, pois o caminho a ser seguido para tal nem sempre é alegre ou divertido - uma vez que lida com mudanças de cultura e paradigmas em empresas e colaboradores. Aliás, por falar em pessoas, investir nelas é um dos principais pontos da inovação, como lembra Roberto Lopes, diretor superintendente da Essencis, empresa de soluções ambientais.
No final de 2007, a organização