O desejo neurótico obsessivo
A neurose obsessiva o sujeito fica distante do prazer, o qual foi recalcado e tornou-se inconsciente. Na infância a criança é incapaz de dar conta sozinha da descarga de energia fazendo assim precisar de um adulto para ajudá-la.
O sujeito se estrutura a partir do recalque de um trauma sexual que aconteceu na infância, com os neuróticos a neurose aparece no fracasso do recalque. Podemos apontar uma diferença entre neurose obsessiva em relação à histeria, seus sintomas não se manifestam no corpo. O obsessivo sofre de pensamentos.
O trauma recalcado, experiências acompanhadas de prazer e a sua primeira resignificação, por lembranças, e também acompanhada de prazer, porém traz consigo a autocensura contra o gozo instaurado. Estamos tratando de algo que se passa no Consciente, no momentos posterior a lembrança prazerosa e a autocensura são recalcadas e transferidas ao Inconsciente, se formando assim um sintoma antiético. Estes sintomas antiéticos, as idéias ambivalentes, acompanharão o neurótico obsessivo durante sua existência. Atacada pela lógica racional, são consideradas e combatidas pelo eu como estranhas, o sentimento e as idéias obsessivas a ele relacionadas muitas vezes subjugam o eu e é o momentos em que o obsessivo se vê frente à força inabalável da idéia obsessiva, que é também uma nuance da autocensura, e o pensamentos que torna a vida do sujeito obsessivo penosa. Freud (Freud. S, (1950) 1996) estabelece uma relação clara entre o inconsciente e a linguagem e é através da neurose obsessiva que ele consegue encontrar o inconsciente se manifestando claramente de maneira verbal. A Clinica do neurótico obsessivo possibilitou a análise do paciente a partir de seu discurso, sendo que este passa, então, a ocupar a emsma posição ocupada pelo sonho. Com a diferença, porém, que no discurso do obsessivo não se trata de representações, mas de registros sob a forma verbal. A alucinação dos sonhos se faz presente nos pensamentos do