O corvo
Neste poema, que apresenta uma temática típica do romantismo (ou, mais especificamente, do Ultrarromantismo), a figura do misterioso corvo que pousa sobre o busto de Pallas (ou Atena, na maioria das traduções feitas para o português como a de Fernando Pessoa) representa a inexorabilidade da morte e seu impacto sobre o personagem, o qual, no seu papel de arquétipo correspondente às tendências da geração literária de Poe, lamenta e sofre profundamente com a perda de sua amada Leonora (Lenore, no original). No final do poema, o corvo, o qual representa, como dito acima, a inexorabilidade da morte, repousa sobre o busto de Pallas simbolizando o pesar eterno que se abateu sobre a alma do protagonista.
O poema e suas traduções[editar]
O poema teve várias traduções, sendo as duas primeiras para o francês, feitas por, respectivamente, Charles Baudelaire e Mallarmé. Também foi vertido para o português, sendo as versões mais conhecidas a de Machado de Assis e Fernando Pessoa. O maior problema encontrado na tradução de O Corvo é preservar os intrincados mecanismos métricos e fonéticos que conferem ao poema sua tão reconhecida musicalidade que, combinada com o ar soturno do próprio poema (aspecto inerente ao próprio zeitgeist, em termos literários), fizeram esta obra famosa mesmo entre os que não conhecem Poe ou a corrente a qual o autor