o corvo
Percebe-se que o poema trata de uma forma mais grotesca a saudade da pessoa amada, que, por sua vez, é a causa principal do sofrimento do personagem, sendo, assim, um texto em que se pode ver características do romantismo, que nesse caso é a esposa do eu lírico, como pode-se ver nesse trecho do poema: “[...] Um meio em vão de amortecer fundas saudades de Lenora”. O sentimentalismo é a base para o desenvolvimento do poema, em que a emoção se encontra no meio da relação do artista romântico e o mundo. O eu lírico sempre se mostra persimista, sofrendo, o que o leva a uma embriaguez( incerteza dos fatos) quando começa a perceber que o corvo está lhe mandando um “recado” o que lhe faz provocações contra o seu sofrimento: “[...] Ouvir de um corvo tal resposta, embora incerta, incompreensível”. Além dessas características citadas anteriomente, pode-se perceber o estado como a natureza se mostra, como o terror da noite e da solidão assombra o narrador personagem, é uma verdadeira assolação da alma do escritor: “è o vento e nada mais” refrigera o pensamento de quem lê mas a figura do corvo enegrece a escuridão da noite e os pensamentos de quem o vê. O eu lírico é alguém da classe social burguesa, que se mostra um ser de inteligência quando reconhece o corvo como uma ave dos tempos bíblicos, mostrando, assim, que o poema recebe informações históricas. Cansado de sofrer pela a morte da mulher amada, o eu lírico procura um forma de libertação da dor, uma tranquilidade, uma maneira de reencontrar a pessoa que lhe fez feliz, mas, sofre provocações do corvo, que lhe aflinge ainda mais, chegando a apossar de sua alma, aumentando a desilusão do personagem, o que lhe faz sentir nostalgias de algo distante no tempo e no espaço, que no caso é a saudade de Lenora, como, pode-se ver na décima quarta estrofe, quarto verso: “Calma- te! Calma- te e domina essas saudades de Lenora”. A solidão é tão grande que o eu