O Corpo que Fala e a Fala do Corpo

O Corpo que Fala e a Fala do Corpo

O Popular
Caderno 2
Por Custódio, Diane Ângela Cunha
“As pessoas diferentes no modo de ser, podem por vezes ser iguais no modo de pensar” (Laban).

Vivemos um momento valioso na busca de uma linguagem que nos remeta ao patamar de identificação e principalmente de aceitação na sociedade vigente; uma vez que se internaliza e reproduz de forma alienante essa linguagem, e o que é pior sem questionamentos, não se atendo ao sentido e significado.
Pensar sobre linguagem nos remete a variados campos do conhecimento desde a biologia, a sociologia, a filosofia, a antropologia e mais um amontoado de (... ias).
Percebe-se no quadro atual uma cobrança exacerbada da mídia em ditar uma linguagem que muda conceitos, cria comportamentos e atitudes às vezes positivos e por vezes negativos, aliena pensamentos distorcendo linguagens. Tudo isso fruto de uma sociedade pragmatista, que dita a linguagem estereotipada, onde ser diferente significa estar fora desse mercado cujo objetivo principal é convencer as pessoas a agir como máquinas eficientes enfatizando uma linguagem única e discriminatória, onde o obeso é o “gordo”, o negro é o “preto”, o idoso é o “velho”, o homossexual é o “gay”, o deficiente é o “incapaz” e etc. Para todos esses cidadãos se tem códigos que os rotulam e marginalizam na sociedade! Esse é um discurso equivocado e com negação da singularidade própria das diferentes linguagens existentes.
Há uma força muito grande por parte dos meios de comunicação que distribuem informação dia a dia. Falta-nos conhecimento... Falta-nos linguagem; porem informação é diferente de conhecimento. Sendo essa nossa carência. Assistimos a cada estréia de uma novela ou de um Big Brother a linguagem carregada de bordões às vezes pejorativos ganham o gosto da população que reproduzem essa linguagem corporal e oral de forma acelerada, sem questionamento, não se atendo ao sentido e significado.
A proporção de adeptos a linguagem