o corpo fala
O sistema de saúde no Brasil é composto por uma série de organizações públicas e privadas estabelecidas em diferentes períodos na história brasileira. Na época em que havia colônias, por exemplo, a preocupação com a saúde praticamente não existia (BERTOLLI FILHO, 2006). No começo do século XX, campanhas feitas sob modelos quase militares implementaram atividades de saúde publica. A natureza autoritária dessas campanhas acarretou na oposição de parte da população, políticos e lideres militares. Essa oposição levou a Revolta da Vacina, em 1904, onde ocorreu uma grande resistência a uma campanha de vacinação obrigatória contra a varíola sancionada por Oswaldo Cruz, o então Diretor Geral de Saúde Publica (SINGER; CAMPOS, 1978).
A revolta ordenou que o estado e a medicina buscassem outras formas de relacionamento com a sociedade, testando nos anos seguintes novas formas de organização das ações em favor da saúde coletiva. Apesar do fim composto por grandes conflitos, o sanitarista conseguiu resolver parte dos problemas e colher muitas informações que ajudaram seu sucessor, Carlos Chagas, a estruturar uma campanha rotineira de ação e educação sanitária (RODRIGUES; SANTOS, 2009). O sistema de proteção social brasileiro se expandiu durante o governo do Presidente Getulio Vargas (1930-45) e dos governos militares (1964-84), com a participação da sociedade e estavam centralizados em grandes burocracias. O processo de tomada de decisão e a gestão do sistema eram realizados sem participação da sociedade e estavam centralizados em grandes burocracias. Em 1964 acorreu o golpe militar, onde reformas governamentais impulsionaram a expansão de um sistema de saúde predominantemente privado, especialmente nos grandes centros urbanos (PAIM et al, 2011).
No ano de 1933 até 1966, o setor de saúde brasileiro cresceu em tamanho e complexidade e foi dividido em duas partes: a maior delas ligada a previdência social e a outra ao Ministério da Saúde, criado