Exame físico
Morte e Luto
O homem costuma apresentar medo diante de situações desconhecidas, e a morte apesar de sabidamente inevitável é um evento que desperta angústia. Em nossa sociedade não são poucas as tentativas de afastá-la e esquecê-la. O desconforto quando se trata de morte é bem visível, a busca pela “eterna juventude” e a crença em nossa imortalidade pessoal nos afasta ainda mais de qualquer referência a terminalidade ou qualquer coisa que a ela remeta.
Morrer, envelhecer, ficar doente não são metas de vida, mas tudo o que é vivo está sujeito a perecer. Esse aspecto indissociável de nossa existência é negligenciado e contato com a morte se dá de forma velada e distanciada tanto quanto possível, colocando essa “fatalidade” como uma realidade muito distante e nos dando uma ilusão de imortalidade.
Luto antecipado
O luto antecipatório é um conjunto de processos deflagrados pelo paciente e pela família quando há uma ameaça progressiva de perda, sendo este um processo psicossocial de enlutamento, vivido pelo paciente e pela família, na fase compreendida entre o diagnóstico e a morte propriamente dita.
Funções básicas
Worden (1998): aceitar a realidade da perda, ou seja, a consciência e a aceitação de que a pessoa irá morrer faz com que a elaboração da perda inicie mais cedo. Neste processo é comum que a consciência da inevitabilidade da morte alterne com a negação de que este fato realmente ocorrerá e ainda outras situações em que as evidências serão extremamente claras e mesmo assim a pessoa continuará a nutrir esperanças, reforçando a negação.
Outro processo é o de elaboração da dor da perda, quando há uma variedade de sentimentos ligados à perda e que geralmente são ligados ao luto pós-morte. Um deles é a ansiedade, que aumenta e acelera quanto maior for o período de luto antecipatório e quanto maior for a proximidade da morte, sendo ligada também ao aumento da consciência da