o contexto histórico e o surgimento da falsafa
Os primeiros registros históricos do termo “árabe” geralmente referem-‐se a um povo nômade que habitava as regiões desérticas da península arábica, os beduínos, que se dedicavam principalmente ao pastoreio, aproveitando-‐se para isso dos muitos oásis que pontilhavam a região da península, e ao comércio, tanto nas muitas rotas que cruzavam a região como em algumas cidades, como Meca. Politeístas e tribais, os árabes cultuavam uma infinidade deuses e divindades, que representavam forças da natureza; planetas; animais; seres místicos e etc. Os vários deuses eram cultuados principalmente na Caaba, o templo da pedra negra, localizado na cidade de Meca e no qual as diversas imagens dos diversos deuses estavam reunidas, bem como a misteriosa pedra negra, provavelmente um meteorito. Mesmos dispersos em suas diversas crenças e clãs, os primeiros sinais do monoteísmos começavam a se insinuar na arabia pré-‐islâmica: a adoração às deusas Uzza; Manat e Al-‐lat, encimadas pela divindade superior Alá (o deus, a divindade) começava a se difundir entre as diversas tribos. A presença de seitas judaicas e cristãs na região provavelmente também influenciaram os árabes politeístas. No ano de 570 D.C. nasce o profeta Maomé. Da tribo dos Coraixitas, a elite dominante de Meca, Maomé dedicou-‐se durante anos ao comércio. Por volta dos 40 anos de idade, Maomé começou a afirmar estar passando por experiências místicas e revelações durante suas meditações e orações em grutas próximas a Meca, nas quais o Anjo Gabriel afirmava sobre a existência de um único Deus que merecia louvor: Alá. Maomé começou a difundir sua nova fé na cidade de Meca, convertendo principalmente as