O Contador
CONFORMISMO
Em relação as épocas que a procederam, a nossa época é a primeira a pedir a homologação de todos os homes como condição de existência. Portanto, não uma homologação como dado de fato, mas uma homologação de princípio, cujas razões são procuradas naquela condição pela qual, na idade da técnica e da economia global, trabalhar significa colaborar, dentro de um aparato em que as ações de cada um já estão antecipadamente descritas e prescritas pelo organograma para o bom funcionamento do próprio aparato.
A consciência homologada. Uma ação é homologada quando está conforme a uma norma que prescreve, portanto, quando não é uma ação, mas uma conform-ação. E conformações são todas as ações que se realizam em um aparato e em uma função do aparato, no interior do qual o “fazer por si” cessa onde começa aquilo que “deve ser feito”, em perfeito acordo com outro componentes do aparato. Os objetivos do aparato se propõe não entram nas competências de cada indivíduo e, por vezes, devido à alta sofisticação técnica, nas possibilidades da sua competência.
O realismo sadio. Será por isso que desde pequeno ouvimos dizer que o sucesso é conseguido mais facilmente se nos adaptamos às exigências dos outros (renunciando, evidentemente à realização de nós mesmos), e assim fazemos quando imitávamos os traços e comportamento de todas as comunidades das quais começávamos a fazer parte? Desde o grupo das crianças com as quais brincávamos, até os companheiros de classe, os grupos de trabalho, aprendemos, por conta própria, que o que vale é a uniformidade mais rigorosa, em que a capacidade de nos adaptarmos a organização aparecia como única condição para exercer uma certa influência sobre ela.
A inconsciência da consciência homologada. Para que adaptação não seja percebida como uma coerção, é necessário que o mundo em que vivemos, que aliás o mundo da técnica e da economia global, não seja percebido como um dos possíveis mundos, mas como o único mundo, fora do