Cobra cipó
A coloração da maioria das espécies do gênero é uma mistura de tons de verde, vermelho e laranja, com olhos amarelos e negros.
Essas espécies são muito agitadas e velozes. Geralmente, fogem no momento em que são avistadas. São muito ariscas e podem morder caso impeçam sua fuga. Sua coloração as ajuda a confundirem-se com o ambiente, principalmente por passarem a maior parte do tempo nas árvores e arbustos (daí o nome popular "cobra-cipó", pois elas realmente lembram cipós ao repousarem em plantas). Atingem cerca de 1,20 metros, sendo serpentes muito finas e relativamente compridas. Alimentam-se de lagartos, pássaros e pererecas.
A reprodução é ovípara. Põem entre quinze e dezoito ovos com o nascimento previsto para o início da estação chuvosa.
Cuidado, esta linda serpente é a Philodryas olfersi, a popular cobra-cipó, assim chamada porque vive nas árvores, confundindo-se com a vegetação. Foi uma delas que passou a conversa em Eva, no paraíso. Até alguns anos atrás, era considerada inofensiva, como todas as outras cobras verdes, pertencentes à família das colubrides. Agora, depois de acidentes fatais registrados em diversas partes do mundo, algumas verdes estão sendo classificadas como peçonhentas. No Brasil, em 1993, a cipó foi responsabilizada pela morte de um bebê de dez meses em Caçapava do Sul, RS. "A cobra entrou no berço e picou o bebê três vezes no braço", conta o veterinário Edson Salomão, que relatou o caso em sua tese de mestrado, concluída em 1994. Habitantes da zona rural, os pais da criança mataram a cobra e acharam que não havia risco, pois era uma dessas que fogem das pessoas quando surpreendidas nos gramados. Quando o bebê começou a passar mal, horas depois, já era muito tarde. Mais uma vez, a hospitalização tardia mostrou que