O conhecimento em platão, hume e kant
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EMPIRISMO E RACIONALISMO Ricardo Ernesto Rose Jornalista e Licenciado em Filosofia Introdução Desde as origens da filosofia o problema do conhecimento sempre ocupou a maioria dos filósofos. O tema já era tratado pelos pensadores pré-socráticos, os quais, dada a maneira como abordavam o assunto, se dividiam entre racionalistas e empiristas. O racionalismo e o empirismo representam visões opostas na maneira de explicar como o homem adquire conhecimentos. A classificação em correntes de pensamento, evidentemente, foi realizada pelos pensadores posteriores, já que nem os gregos ou os medievais tinham clara a separação entre as duas tendências. Parmênides (cerca de 530 a.C. -460 a.C.) e os pitagóricos (século VI a.C.) concordam que além do conhecimento empírico existe também o racional, e é somente este último que efetivamente tem valor absoluto. Por outro lado, os sofistas Protágoras (480 a.C. -410 a.C.) e Górgias (480 a.C.375 a.C.) reconhecem somente o conhecimento sensível. Assim, como sabiam que as experiências eram falhas e que não eram as mesmas para todo e qualquer indivíduo, os sofistas concluíram pela relatividade do conhecimento, o que os permitiu afirmar que “o homem é a medida de todas as coisas”, negando qualquer conhecimento necessário e universal. Avançando mais no tempo, encontramos a filosofia de Platão (427 a. C.- 347 a. C.), cujo pensamento é classificado como racionalista. O grande filósofo, afirmava que para chegar à verdade era preciso ultrapassar os dados da experiência, falhos e mutáveis, e alcançar o mundo da Idéias, princípios eternos e perfeitos. O grande filósofo ateniense afirmava que antes de viver neste mundo as almas humanas habitavam o mundo das Idéias e ali conheciam o Bem, o Belo, as Proporções e muitas outras. Ao nascerem em corpos humanos, as almas esqueciam o que haviam vislumbrado neste mundo superior. Somente através de uma ascese e da atividade filosófica é que as Idéias poderiam ser relembradas. O exemplo clássico desta crença é