o conhecimento da humanidade
Percebemos facilmente que os diversos animais se agrupam, convivem, se acasalam, sobrevivem e se reproduzem de forma mais ou menos ordenada, em função de sua potencialidade e do ambiente em que vivem.
A preservação da espécie e seu aprimoramento parecem ser o objetivo de suas formas de vida, convivência e sociabilidade. Os animais desenvolvem estilos próprios de vida que lhes permitem a reprodução e a sobrevivência.
O homem também desenvolveu processos. Apresenta ações e reações que se desenvolvem de forma mecânica, dispensando o aprendizado, como respirar, engatinhar, sentir fome, medo e frio.
O homem também desenvolveu habiloidades de aprendizado. Assim, as crianças aprendem a comer, beber e dormir em horários regulares, aprendem a brincar e a obedecer, mais tarde, aprenderão a trabalhar, comerciar, administrar, governar.
O homem se distingue das demais espécies pois nem todo o seu comportamento se desenvolve automaticamente, nem se transmite à sua descendência pelos genes, necesita de aprendizado. Para se tornar humano, o homem tem de aprender com seus semelhantes uma série de atitudes que lhe seriam impossíveis desenvolver isoladamente. É necessário um longo aprendizado.
Essa característica só se tornou possível porque o hoem tem a capacidade de criar sistemas de símbolos, como a linguagem, por meio dos quais dá significado às suas experiências vividas e as transmite a seus semelhantes.
O homem deve transmitir suas experiências e interpretações da realidade por uma série ordenada de símbolos. Por isso, dizemos que o Homo sapiens é a única espécie que pensa, isto é, que é capaz de transformar a sua experiência vivida em um discurso com significado e transmiti-la aos demais seres de sua espécie e a seus descendentes.
Seu conhecimento do mundo – organizado, comunicado, compartilhado com seus semelhantes e transmitido à descendência – se transformou em cultura humana propriamente dita. Essa elaboração