As Humanidade como Campo de Conhecimento
As humanidades como campo de conhecimento
Análise do texto J’accuse de Émile Zola
Camila Zanirato Silva
Ely Daiane Souza da Silva
Jurandir de Jesus Dias
Luan Alves dos Santos Ribeiro
Ramon Paulino de Castro
INTRODUÇÃO
Émile Zola (Paris, 1840-1902) foi um consagrado escritor libertário francês do século XIX, tendo sido a principal figura do movimento naturalista. Publicou mais de cinquenta obras, entre críticas, peças de teatro, romances e novelas. Dentre todos os seus escritos o de maior repercussão foi “J’accuse”. Texto que analisaremos a seguir.
Por ocasião da publicação de “J’ acusse” Zola foi submetido a sanções jurídicas, tendo se exilado na Inglaterra após o julgamento, que o condenou a um ano de prisão além de pagar três mil francos de multa por seus ataques contra o Estado-Maior.
Nosso trabalho foi desenvolvido a partir de discussões e pesquisas sobre o contexto histórico, impacto da obra, vida dos personagens envolvidos, caráter hierárquico da sociedade francesa da época, assim como sua relação com as sociedades ocidentais do nosso tempo.
O CONTEXTO HISTÓRICO
Em 1894 o sistema republicano parlamentarista da França acabava de enfrentar três crises (o boulangismo em 1889, o escândalo do Canal do Panamá em 1892, e a ameaça anarquista, que atingiu nesse ano seu ponto mais alto, com o assassinato do presidente Marie François Sadi Carnot e foi reprimida pelas leis malvadas sancionadas no ano anterior) que terminaram consolidando a Terceira República Francesa (1870-1940).
O boulanguismo que foi a política assumida pelo general George Boulanger (1837-1891), apoiada por Barrès. Trata-se de um processo de personalização do poder sem doutrina. O escândalo do Canal do Panamá Tratou-se de um gigantesco caso de corrupção envolvendo altas personalidades e altos funcionários do governo e da imprensa francesa. Este processo estava diretamente ligado à Companhia Universal do