O Conceito Liberdades nas Inconfidências

O Conceito Liberdades nas Inconfidências Um conceito pode ter vários significados, tanto no decorrer da época como geograficamente postados como em culturas diferentes, entre outros fatores. O conceito de liberdade segundo o dicionário atual é o seguinte: “LIBERDADE, s.f. condição de uma pessoa poder dispor de si, faculdade de fazer ou deixar de fazer uma coisa; livre-arbítrio; faculdade de praticar tudo aquilo que não é proibido por lei, o uso dos direitos do homem livre”.1 Esse conceito foi construído na sociedade ocidental atual, a partir de idéias cabientes sem eu tempo. Porém, não significa que esse conceito não possa ser ou ter sido interpretados de maneira diferentes.

Veremos, então a seguir, como esse conceito foi visto diferentemente em três locais com temporalidade próxima na Colônia Portuguesa, no final do século XVIII, nas denominadas inconfidências: em Minas Gerais (1789), no Rio de Janeiro (1794) e na Bahia (1798), onde essas idéias se difundem, devido a fontes intelectuais diferentes, perfil sócio-político e econômico diversos que fazem-nos ver a LIBERDADE de maneira difusa, mostrando que o significado depende das pessoas, fontes, locais e tempos em comum, para que concretize-se.

A idéia de liberdade na inconfidência mineira não era relacionada à igualdade, mas sim a ânsia de riqueza e poder político. Sua idéia de sedição tinha como objetivo retomar o poder e decisões políticas, e não referia-se a nenhuma mudança social. Isto era devido ao tipo de personagens que tratou o teatro político nessa sedição.

Esses homens eram, em suma maioria, pessoas de posse, com mais da metade desse pessoal, senhores de escravos, insatisfeitos com o fisco régio e não ter comando político. Suas fontes intelectuais de Luzes eram baseadas na Segunda Escolástica, onde o poder real era transmitido pelo povo, que poderiam tomá-lo em caso de tirania. Portanto, como mostra Vilalta no texto proposto, num brinde à saúde de Silvério dos Reis é dito “cedo se havia