O componente da razão e da não razão na obra de arte
*A INTERVENÇÃO DA RAZÃO NA FABRICAÇÃO DO OBJETO
-A razão está presente na arte na fabricação do objeto artístico, pois precisamos organizar nossas ideias para poder exprimi-las bem em forma de arte.
-Entretanto, a obra vai além dos domínios racionais e sua comunicação conosco se faz por outros canais: da emoção, intuição, associações...
-Ainda, a obra nunca deixará de fazer parte do campo não-racional pois, podemos descrever uma obra, desenvolver uma análise, propor relações e comparações, mas isso não fará com que a obra de esgote.
*ARTISTAS QUE SE APOIAM NA CIÊNCIA: SEURAT E ALBERTI
-Seurat: seus quadros funcionam como uma pequena máquina ótica, graças às divisões de tons e à sua justaposição bem calculada. Mas essa fundamentação científica era inconsciente em suas obras. Seu objetivo, na verdade, era levar a pintura a um certo grau de impessoalidade e rigor ao mesmo tempo e para isso a ciência serve-lhe de apoio, como uma estrutura rigorosa, sobre a qual floresce a não racionalidade.
-Já Alberti, baseava-se rigidamente na ciência, construindo seus edifícios a partir de rigorosas proporções matemáticas. Mas, depois de terminados, seus edifícios expressam sentidos que vão muito além do campo científico, sendo capaz de manter comunicação apenas pelos meios da não-razão.
*A NOSSA COMUNICAÇÃO COM A OBRA POR MEIOS NÃO RACIONAIS: AS NOSSAS RELAÇÕES PERSPECTIVAS, AFETIVAS E INTUITIVAS
-A obra de arté é como um poema. Muitas vezes, não conseguimos compreendê-lo por apresentar uma linguagem que foge ao nosso cotidiano, mas, que no nosso íntimo, de alguma forma aparentemente ilusória, conseguimos entendê-lo.