O ciume romantico
Este artigo faz uma revisão da Teoria do Apego (TA), apresentando as idéias iniciais de Bowlby, influências teóricas e conceituais, principais contribuições e pesquisas clássicas que formaram a base da TA, além das novas formulações e conceitualizações. Os principais conceitos teóricos são explorados, como apego, comportamento de apego, modelos internos de funcionamento e padrões de apego. São abordados o processo de estabelecimento dos padrões de apego e suas manifestações durante o ciclo vital, incluindo a mais tenra infância, adolescência e vida adulta, sendo discutida sua estabilidade ao longo do desenvolvimento, assim como as hipóteses relativas a cada padrão. Também são apresentadas considerações quanto à necessidade de pesquisas que enfoquem esse tema na realidade brasileira, especialmente em adolescentes, já que as pesquisas da TA no Brasil são praticamente restritas ao apego na infância, diferentemente de outros países, em que essa abordagem já é estudada em outras fases do desenvolvimento. sinais comportamentais que alertam o cuidador para o interesse de interação da criança, como sorrir e verbalizar de modos diversos. Todas essas formas são observadas em crianças, adolescentes e adultos ao buscarem a aproximação com outras pessoas. É o padrão desses comportamentos, e não sua freqüência, que revela algo acerca da força ou qualidade do apego (AINSWORTH, 1989).
J. Bowlby (1969/1990) distinguiu dois tipos de fatores que podem interferir na ativação do sistema de comportamento do apego: aqueles relacionados às condições físicas e temperamentais da criança, e os relacionados às condições do ambiente. A interação desses dois fatores é complexa e depende, de certa forma, da estimulação do sistema de apego. Além disso, esse sistema tem função direta nas respostas afetivas e no desenvolvimento cognitivo, já que envolve uma representação mental das figuras de apego, de si mesmo e do ambiente, sendo estas baseadas na experiência.
Modelos Internos de