O Cinema e a Condição Pós-midiática
O texto de Arlindo Machado num primeiro momento trata a definição e evolução de uma arte multimídia, ou seja, de uma única arte ou mídia sintetizadora. No século XIX, segundo o compositor alemão Wagner, a ópera era essa arte síntese de todas as outras. Na primeira metade do século XX, Eisenstein, cineasta russo defende que o cinema era a arte que reunia todas as outras, inclusive a ópera. Já na segunda metade do século XX, para Petter Greenaway a arte ou mídia que reunia as demais além do cimema era a televisão. Porém, no início do século
XXI, David Bolter e Richard Grusin em seu livro Remediations: Understanding New Mídia, afirmam que é o computador a nova arte multimídia, pois nele é possível reavaliar e revitalizar todos os outros meios precedentes da arte. Em sua tela, podemos abrir várias janelas simultaneamente, sendo uma mídia única que engloba as demais e ao mesmo tempo um híbrido onde cada uma pode ser vista separadamente.
Num segundo momento, o texto expõe resumidamente uma evolução do cinema e uma breve passagem por pilares como o cinema experimental, por ex. Evidencia que no séc XIX para o XX ainda não havia uma forma padronizada de produzir e exibir os filmes. Thomas Edson, por ex exibia seus filmes em visores individuais enquanto que os Irmãos Lumière exibiam em salas escuras coletivas. Na primeira década da existência do cinema os filmes ainda não eram fechados numa montagem, sendo que os exibidores podiam interferir nela. O modo de projeção, também não era definido. Os filmes eram exibidos em cafés, ambientes mistos onde as pessoas iam para beber, conversar e dançar. Havia projeções paralelas, montagens na projeção, a teladentro-da-tela como por exemplo no filme Falsely Accussed (1907) de Billy Bitzer.
Após essa década inicial, houve uma definição d o cinema, onde muito pouco se modificou da forma de como ele visto hoje. Ironicamente a mesma vista por Platão em 400 a.c descrito na
Alegoria da