Estudo sobre percepção midiatica
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ESTUDOS SOBRE RECEPÇÃO MIDIÁTICA E EDUCAÇÃO NO BRASIL: PERCURSOS E CONSIDERAÇÕES PROPOSITIVAS1 ZANCHETA Jr., Juvenal – UNESP-Assis – zancheta@assis.unesp.br GT: Educação e Comunicação / n. 16 Agência Financiadora: Núcleo de Ensino da UNESP / CNPq Introdução O terreno que envolve os estudos midiáticos e a Educação ainda mal se configura no Brasil. Embora haja estudos propositivos sobre como lidar com a mídia no cenário educacional e mesmo iniciativas de grande envergadura nesse sentido, a abordagem retrospectiva ou mesmo panorâmica acerca do tema não está esboçada. Não há organismos que de alguma maneira catalisem tais preocupações, a exemplo do que acontece em diversos países, e também não se pode sequer falar de uma bibliografia significativa sobre a questão. Propomos uma abordagem em paralelo abarcando recepção midiática e a evolução do tratamento escolar em relação aos meios de comunicação (MC), sobretudo quanto à televisão, como primeiro passo para o esboço de um quadro propositivo acerca da aproximação dos campos midiático e educacional no país. Levando em conta a complexidade da tarefa, que envolve diferentes áreas e tendências do conhecimento, apresentaremos algumas vertentes e nomes, suficientes apenas para uma visada panorâmica. Interessa de perto a idéia da recepção como lugar de produção de sentidos a partir do intercâmbio entre os organismos emissores e o próprio suporte de informação, os receptores e os contextos em que as mensagens circulam. Como objetivo de fundo, busca-se reforçar a necessidade de política pública específica para norteamento das relações entre as mídias e a Educação.
O leitor passivo Rivero (1994) propõe momentos distintos no percurso dos estudos sobre a relação entre a televisão e a escola2. Ainda que tome os EUA como cenário e só mais tarde os países europeus e latinos, sua análise serve como referência inicial para o caso brasileiro. Segundo ele, um primeiro período se estenderia até os anos 1960, marcado
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